Esta é uma das belas peças de nossa
Cultura Popular, que descreve um boi encantado, difícil de ser capturado. Não fosse uma ofensa às nossas mais puras tradições,
seria uma metáfora perfeita para a dificuldade de encontrar comportamentos isentos,
éticos e jurídicos em nossa mais alta corte judiciária.
Podemos exemplificar com o comportamento
do último ungido para o Supremo. Passado
o beija-mão, tapinhas nas costas e felicitações no Senado Federal, o ministro
Barroso tirou sua máscara feniliana, falando e agindo mais como um palpiteiro
do que jurista. Primeiro tentou minimizar
o crime dos mensaleiros. Depois, contra
qualquer comportamento esperado de um jurista, esqueceu-se de se ater aos autos
e passou a elogiar a figura do réu Genoíno.
Por fim, ofendeu a inteligência da população tentando criar nas
entrelinhas da Carta Magna uma diferenciação entre ladrões-deputados
condenados em prisão aberta ou fechada.
E agora tenta anular todo o penoso processo de dar um pouco de
dignidade ao Supremo Tribunal Federal, com a oportunidade de fazer justiça e
não ser mera instância burocrática que fornece atestados de bons antecedentes
para os ladrões de casaca que têm seus crimes prescritos.
A sociedade brasileira não pode tolerar
estes desvios que suportam e eternizam a corrupção em nosso país, com a deterioração
de tribunais superiores, câmaras legislativas e da administração pública.
Só posso felicitá-lo por sua dignidade,postura e comentários lúcidos sobre a situação dramática que estamos vivendo que de fato eternizam como você diz a corrupção em nosso pobre pais.
ResponderExcluirDeixo aqui o meu abraço e peço que se ainda estiveres no grupo do Ivan um abraço pra cada um, e pro nosso amado professor.
Sigo escrevinhando mas agora com uma professora de literatura que vem me ensinando e muito me estimulando.
Gilda Niemeyer.
Obrigado pelo comentário. O Supremo, que poderia ser uma esperança, está contaminado pela "baixa advocacia" tão bem definida por Millôr: "advocacia era sua maneira legal de burlar a lei". Como poderemos "limpar" este tribunal?
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