Na
figura abaixo
mostramos uma singela viatura conhecida
popularmente como
jerico ou
paco-paco. A foto
foi tomada em
uma poeirenta estrada
que liga
a cidade de Alta
Floresta às barrancas do rio
Teles Pires em
Mato Grosso . A origem
desta criativa máquina
andante vem de alguns
anos atrás
quando o governo
federal expulsou milhares de garimpeiros que
viviam da larva de cassiterita
no município de Ariquemes em Rondônia. Esta multidão
de trabalhadores foi dispersada a toque de caixa , já que uma empresa em poucos dias
assumiria o garimpo desse valioso
minério de estanho . Com
uma mão na frente
e outra atrás ,
estes brasileiros
abandonaram uma infinidade de máquinas , equipamentos ,
bombas etc. Normalmente
toda esta sucata
industrial significaria mais poluição no nosso já tão degradado meio
ambiente . Felizmente
ali entrou a criatividade
e capacidade de trabalho
dos brasileiros que
simplesmente reciclaram todo material
abandonado, transformando-os em jericos ou pacos-pacos
que rodam por
várias cidades e estradas
da Amazônia. Estes
veículos usam os motores
das bombas de mineração e obedecem diversas
normas de segurança ,
possuindo inclusive pisca-pisca ,
espelho retrovisor
etc., sendo ainda extremamente
econômicos , rodando mais
de 20 km por
litro de gasolina . Um ponto que me chamou muita
atenção no designe deste veículo (não mostrado na foto )
era o seu
interior forrado com
um velho
tapete tipo persa que foi
aproveitado de um lixão, mostrando que não é só a socialite
Vera Loyola que
gosta de tapetes
persas nos
pisos de seus
carros .
Nesta
segunda fotografia ,
mostramos uma outra viatura
um pouco
mais sofisticada chamada
de carreta agrícola
que trafegava na região
do município de São
Miguel das Missões no Rio
Grande do Sul . Também
é feita com material reciclado e tem como
ponto mais
interessante a logística no uso do seu motor fabricado originalmente
para máquinas
agrícolas . Na época
da colheita ele
é adaptado a uma colheitadeira, podendo ainda
ser usado em equipamentos para
pulverizações e irrigações das plantações . Nas entressafras
é adaptado na carreta agrícola . No dia
da foto o nosso
caro fazendeiro
trabalhava cortando capim nas margens da estrada
para levar para
o seu gado ,
de modo a complementar
o seu pequeno
pasto e de quebra
contribuía para a comunidade
economizando as verbas públicas na manutenção da estrada .
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