No ano de 212 a.C., após um cerco de dois anos à cidade de Siracusa, na Magna Grécia, atual Sicília, esta foi capturada pelas legiões romanas. Quando a casa de Arquimedes – que com seus engenhos ópticos e mecânicos retardou ao máximo a queda da cidade – foi invadida pelos romanos, ele estava no quintal desenhando na areia suas figuras e estudos geométricos, quando um dos soldados pisou sobre os mesmos. Noli tangere circulos meos (não toque em meus desenhos), exclamou Arquimedes em seu precário latim, sendo imediatamente morto por uma lança, que destruiu fisicamente este velho filósofo e matemático. Mas não conseguiu eliminar o seu acervo intelectual, que, atravessando os séculos, chegou até nós.







Neste blog republicaremos também artigos da minha coluna semanal BRASILIANA, do jornal MONTBLÄAT editado por FRITZ UTZERI.




segunda-feira, 17 de março de 2014

Cabral, Dilma e a Tortura

Para a “Presidenta”, o que interessa é o voto fácil.  Pode vir da corrupção, de criminosos, de desmatadores ou mesmo sujo de sangue, ainda fresquinho, como de seu aliado Sérgio Cabral.  O sangue secará e a “Nova Direita” sempre no poder, longe da Democracia, perto da Ditadura, ainda que hoje comemoremos os cinquenta anos do golpe de primeiro de abril de 1964.

Enquanto todos permanecem calados, apenas embolsando os lucros saqueados deste Brasil que sofre, no bairro de Madureira, Rio de Janeiro, a tragédia:

Cláudia da Silva Ferreira, de 38 anos, moradora no Morro da Congonha, em Madureira, no Subúrbio do Rio, saiu para comprar pão e foi atingida no rosto e nas costas por tiros.  Ainda viva, foi jogada no porta malas de um carro policial e depois arrastada, morrendo com o corpo descarnado e ossos aparentes.
Este é o cotidiano de milhões de pessoas nesta cidade, onde mais de mil comunidades são dominadas por criminosos.
Enquanto isto o Governador Sérgio Cabral e seu secretário Beltrame insistem na farsa das UPP’s com o apoio da imprensa marrom e de jornalistas como Zuenir Ventura.
Já está na hora do Ministério Público Federal investigar esta turma, inclusive suas conexões no governo Dilma, por esta política de estado baseada na tortura, violência e morte.


O silêncio da Secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, é a marca da violência destas insensíveis mulheres do poder.

2 comentários:

  1. Eu chorei ao ver tal cena.
    Cada dor traz a minha dor de volta: impune até hoje!
    Nem apoio da Comissão de Direitos Humanos eu consegui!
    Muito triste.

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    1. Neste Rio de violência extrema, assusta mais ainda a indiferença com as tragédias individuais. O cineasta Eduardo Coutinho (1933-2014), tragicamente assassinado, em entrevista destacava este ponto: "...não estou interessado em filmes políticos, sociais, genéricos. Nada que é genérico me interessa. Quero saber das pessoas que eu filmo, só".

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