No ano de 212 a.C., após um cerco de dois anos à cidade de Siracusa, na Magna Grécia, atual Sicília, esta foi capturada pelas legiões romanas. Quando a casa de Arquimedes – que com seus engenhos ópticos e mecânicos retardou ao máximo a queda da cidade – foi invadida pelos romanos, ele estava no quintal desenhando na areia suas figuras e estudos geométricos, quando um dos soldados pisou sobre os mesmos. Noli tangere circulos meos (não toque em meus desenhos), exclamou Arquimedes em seu precário latim, sendo imediatamente morto por uma lança, que destruiu fisicamente este velho filósofo e matemático. Mas não conseguiu eliminar o seu acervo intelectual, que, atravessando os séculos, chegou até nós.







Neste blog republicaremos também artigos da minha coluna semanal BRASILIANA, do jornal MONTBLÄAT editado por FRITZ UTZERI.




quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dilma e Agentes Provocadores


Ontem, 17 de junho, o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou que após investigação criminal tinham sido identificados os autores materiais e intelectuais da queima de pneus nas ruas de Brasília: eram altos funcionários da Presidência da República, que ocupavam cargos de assessoria – daqueles criados para os filhos do poder. A televisão entrevistou o governador de Brasília – que divulgou o resultado da investigação –, bem como Gilberto Carvalho, que prontamente defendeu seus funcionários.  Mas a notícia sumiu, sendo censurada ou abafada.  Hoje, 19 de junho, na coluna Panorama Político do jornal O Globo, saiu pequena nota que, entre outras “revelações” dizia: “A presidente deu uma dura em Agnelo Queiroz, governador do DF, na noite de segunda-feira, porque não gostou de a Secretaria de Segurança ter divulgado uma lista de funcionários do Planalto que estariam envolvidos nos protestos. 

Estes fatos deveriam ser investigados pelo Ministério Público, pois levantam a suspeição da volta dos velhos “agentes provocadores” do tempo da ditadura.  Ainda mais depois do episódio da ministra Maria do Rosário fazendo acusações levianas a oponentes políticos no caso da incompetência da Caixa Econômica e a Bolsa Família. 

4 comentários:

  1. As coisas são tão confusas em meio a uma avalanche de informações não só no momento mas já por vários anos ou décadas sei lá... que não sei mais nem o que pensar e/ou dizer e nem em quem acreditar. Não sou uma pessoa politizada. Fico me perguntando se há uma saída, se há possibilidade de melhoria em relação à uma tomada de consciência dos governantes e dos governados (pois as disparidades são de ambos) ou se a história decorre por aí mesmo. Ambos detêm o poder. Isso que está acontecendo é um grande exemplo. Os governantes, uma fração mínima quantitativamente insignificante, detêm o poder, dão as ordens e tomam “as decisões”. É um poder. A grande massa (o povo, os governados) quando quer e se quiser, pode desestabilizar um país. Também é um poder e o momento está mostrando isto. Então nos resta caminhar para uma conscientização de que os governados não são mais desinformados e os governantes (incluindo a classe empresarial) não podem mais continuar achando que engana, enrola e explora a grande massa, o povo. Não estou falando aqui de partidos políticos que para mim é tudo uma mesmice. Apenas acho que a “força bruta” se não satisfeita, pode criar o caos. Aí não tem discurso, oratória, inteligência, poder que dê conta.

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    1. Obrigado pelo comentário e pela análise desta verdadeira tragédia brasileira.

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  2. Vim retribuir a gentileza das suas visitas. Gostei muito do blog, bastante interessante. Parabéns!

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